segunda-feira, fevereiro 27, 2006

The world on drugs


Ja só sei viver para ti
Respirar-te
Beber de todos os teus suspiros
que fazem os meus
Alimentar-me da tua boca
(e sempre tanto a tua boca!)
Que é a minha falta
Deitar-me por não saber mais nada
Que este desabafo
O de estar doente
E não querer saber da cura

Amo-te. Quando te deito
e te finto
E passeio os meus olhos pela tua boca
A distância do teu lábio...
Que eu vou trincando com o meu desejo
Amo-te. Por tudo o que te quero
Amar.
Navegar na suavidade do teu ombro
A curva do teu pescoço onde me encosto
E me deixo deslizar. Tonta. Sempre tanto.
E mais ainda
Essa boca! que aprendo a beijar mordendo a minha
Fingindo que estás aqui
Quando te deito.E me deito.
Na curva do teu pescoço
E me deixo...
Não sei porque ainda não te esqueci
E custa-me. Tanto. Esta indiferença. A que me obrigo.
Só queria um braço teu
Um braço. Para me agarrar.E não me largar mais.
Um beijo fora de horas. Sem contexto.

Beija-me! E não digas mais nada
Deixa-me. Amar-te assim.

terça-feira, fevereiro 14, 2006







Tenho pouca força
para respirar


O meu peito resignou-se
com a sua tristeza
E eu fiquei presa com ele
a chorar a minha

quarta-feira, fevereiro 08, 2006



é que não queres que me apaixone por ti
E eu de vez em quando. Faço-te a vontade.
Também me rio da tua boca
E faço-te chorar. Embora não seja eu
E também não sejas tu
Nem ás vezes o que não está.
Aqui.
Queres que eu te sofra
Mais uma vez. Faço-te a vontade.
Deito-me sobre o meu vazio
As minhas bolas de fumo. Desaparecendo. Num olhar indiferente.
Ou quase tudo.
Faço-te a vontade. Não te espero.
Não falo ás paredes e não aceito
que me falem de mim
E me digam que mais uma vez. Te fiz a vontade.
E te deixei rendido a um encanto
só teu
E que me dói tanto cá dentro
Como uma pedra que vai batendo
Forte!... Forte.
E eu não a apanho
Não sossega nas minhas mãos
Nem me tira a vontade
De te ser assim

E matar-me

segunda-feira, fevereiro 06, 2006


Já só vivo para uma noite
Na tua boca
Gosto de ti assim. E o que fazer…
Se a vida toda procurei a imagem
De todo o amor. Que sentia. Amor.
A imagem de ti… E que visão!
O desenho dos nossos olhos
Fechados. Distantes.
Perdidos do mundo.
Tão longe…
De tudo o que nos possa querer acordar
Ou a mim. Desta loucura. A tua boca!
Quando a recordo na minha.
A perfeição
Esse contorno dormente
Que nem sabe o meu nome
Antes fosse eu!... antes nada!
E não houvesse outra luz nos teus olhos
Outro suspiro. Que não fosse o meu.
Outra verdade.

É que eu aprendi a amar-te
E é tão bom! Acordar
Com a lembrança desse sorriso
A minha respiração presa
Atordoada.
Quase sem forças.
A tua boca… Tão doce!
Adormecer
Com esta musica no meu ouvido
E a lembrança.


(vim aqui fumar um cigarro contigo
Schhhhh... )

sexta-feira, fevereiro 03, 2006


Faz-me o desenho do meu recalcamento
Mostra-me tudo o que não sei admitir
Um raio x á minha Alma
E eu vou negar
A regressão num lágrima
De isolamento
A supressão dos teus beijos quase impossível
Ou a intelectualização das minhas fugas,
no refúgio deste meu canto

És tu não eu quem está doente
És tu quem me chora
Na saudade
Numa pelicula desfocada
Que projecto dentro de mim

Vou juntar todos estes retalhos
Numa sublime canção
E acreditar que se pode viver assim
Em pequenos pedaços de papel

Blessss