segunda-feira, maio 22, 2006







Tudo
sobre
a
minha

incapacidade








O meu corpo deitado
Sobre o silêncio
da minha dor barriga
Sofre a insuficiência
da minha respiração
dos meus ombros curvados
Ao que tantas vezes já soube
E instisto. E invento.
E volto a criar
Como uma história de amor
Que não sai do papel
Mas que se alimenta das minhas batidas
E me leva ao desconcerto
Ao bloqueio
De um documento aberto
em branco
De todas estas memórias
da loucura. Na minha cabeça.
E o meu coração... que me quer fugir
Que desceu á minha barriga e agora
se quer libertar
Que salta e se atira desesperado
Como uma bomba relógio
No suspiro final da contagem

Eu
Consigo vê-lo
Palpitar inquieto
No meu corpo
Deitado
Sobre o silêncio
Da minha dor de barriga