quinta-feira, abril 13, 2006





Era tão mais fácil.

( Ponto.
Que não me posso perder
a enumerar os quandos
Ou todos os ses
Que se me atravessam no caminho
E me fazem tropeçar nas barreiras
Por definir.)


Era só tão mais fácil.
(Outro ponto.
Final de todos os parágrafos
Sentados. Antes e depois e durante.
E enquanto.
Tudo passa
a correr
por mim.
Está tanto frio aqui que parece
que a morte
desceu
na noite
para me levar.)


Só consigo ouvir a musica
E estar calada
Parada
Num tempo que leva tempo a passar
Numa rua qualquer do meu pensamento
Onde não encontro caminho
Só consigo isto, que não vejo
Não apalpo. Não farejo.
Mas que se passeia pela minha pele
Como um martírio
Uma espinha que me atravessa a garganta
Um sopro de sal nas minhas feridas
Agora. Que se faz o resumo
Desta incapacidade