terça-feira, novembro 07, 2006


Vem sempre na hora em que não estou
Ou naquela em que não posso estar
São como gomos de laranja
Frescos. Mas só por instantes.
Nada que se compare á tua boca


E eu nunca estou. Nem nestas horas
Em que descanso o meu peito em ti
Num abandono das minhas forças
Que nem tento negar

Deve estar prestes a chegar
a minha tristeza
Vem no sopro da madrugada
no silêncio. dos meus pés cansados.
Serenando. juntos. junto ao aquecedor.

Se ao menos tentasse. fechar os olhos
abandonar-me
ou obrigar-me a tudo isto.
Se tentasse ouvir a minha respiração
esquecer-me. do resto.
Mergulhar em ti
ou no soluço. de um espasmo.


Se tanta coisa fosse. assim.
lentamente. despida. num sorriso.
Num sopro de lua
Num pedaço de lençol estendido
Pelo meu corpo

Se eu pudesse apenas dormir
Nos teus braços
Sem ter que acordar
e voltar a perder. Tudo isto.
('the beauty of you' - Coldfinger.
playing.
for me)