sábado, novembro 04, 2006


Nada é nunca escrito hoje
É sempre uma fenda. no minuto.
Um suspiro da janela. aberta.
Esperando por mim

É uma faca. no meu sapato.
Um salto partido junto ao colchão
Uma viagem sem hora
Sem partida. Sem chegada.
Sem destinos…
Uma sombra que passa. sem rasto.

Nada é nunca escrito. Hoje.
Nada é dito. que valha a pena. recordar.

O tempo. no imperfeito.
E todas essas formas
As cores bronzeadas
A pele despida
Do meu silêncio…
Onde o meu corpo se torna porto
De bocejos aflitos
Quando não me consigo encontrar
E me olho. de frente para mim.

Nada é trocado por palavras
Cigarros. Tonturas. Tecidos.
Nada é medo
Uma distância
Um ponto perdido. no espaço.
Falta de sabor. Falta.
Onde tudo parece demais
E mais do que tanto
Um tanto, que guardo
Em capítulos. Lacrados.
E vou escondendo de mim

1 Comments:

Blogger Paulo Raposo said...

...esses teus nada. hoje. que em mim soam sempre a tudo. amanhã.
e outros tantos beijos mais que perfeitos que ficam por rever.
até que a escrita nos converta definitvamente em seres errantes.hoje.amanhã.sempre.

1:12 da manhã  

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